Dor constante no joelho exige um diagnóstico correto
Excesso de uso da articulação pode ser uma das causas, porém, cada caso é único e a dor crônica precisa ser avaliada por um médico especialista.
Dor
constante no joelho é sinal de alguma lesão crônica e que precisa de um
diagnóstico bem detalhado para a indicação do melhor tratamento. “Com o
diagnóstico em mãos e a partir do histórico de atividades listado pelo próprio
paciente, o especialista é capaz de sugerir o melhor processo de cura”, é o que
afirma Dr. Paulo Cunha, ortopedista especialista em joelho da Clínica Orthop em
Ribeirão Preto/SP.
O
especialista ainda afirma que o mais importante do que somente eliminar a dor
que incomoda a muito tempo é descobrir a sua causa e fazer um tratamento de
prevenção.
Cada
caso é único
Muitos
dos pacientes atendidos na clínica Orthop pela equipe de ortopedistas
especialistas, querem uma solução pronta para os seus casos: querem seguir um
tratamento que funcionou com o amigo, se auto medicar ou mesmo seguir sugestões
de pesquisas na internet ou revistas de conhecimentos genéricos.
“Dependendo
de cada caso é um tratamento específico”, afirma Dr. Paulo. “A fisioterapia,
por exemplo, pode ser a solução para um paciente e pode não ser para outro,
assim como cirurgias são indicadas para alguns pacientes que podem ter casos
parecidos com outros, mas que não foi indicado o procedimento. Por isso que o
atendimento presencial com o médico, o exame clínico, a conversa com o especialista
e um diagnóstico certeiro são essenciais”, continua.
Um
dos pontos de atenção indicado pelo doutor é justamente o que se conhece como
“over use”, que traduzindo significa excesso de uso. “Quando a intensidade das
atividades muda de forma brusca, se tornando maior e saindo do limite ao qual o
joelho está acostumado, por exemplo, com certeza vai gerar sobrecarga na
articulação e consequentemente dor”.
Mudança
de terreno também é outro ponto que deve ser considerado: corrida no asfalto
versus corrida de aventura ou o corpo acostumado a treinar na grama e depois
passa para atividades na areia, precisam de uma adaptação muscular antecipada. “São
dois momentos muito comuns que a dor passa a ser incomoda justamente porque o
corpo não está adaptado com os excessos”, afirma.
Uso
de compressas de gelo
O
mais comum das indicações feita por amigos e tratamentos de internet é a
aplicação de compressas de gelo sobre a região dolorida. “O gelo realmente é um
ótimo aliado para dores no joelho, uma vez que inibe o inchaço – que gera dor!
-, inibe reações inflamatórias, diminui o risco de crescer um derrame e é de
certa forma analgésico”, afirma o especialista.
A
indicação, porém, é que a compressa seja feita por no mínimo 20 minutos e no
máximo 30: “depois deste prazo, se transforma em vasodilatador e passa a não
ser mais interessante para determinadas lesões”.
A
atenção deve ser redobrada, porém, no caso de inchaço, que pode indicar um
trauma mais sério ou o rompimento em algum elemento da articulação: “inchaço
não é um bom sinal e o médico deve ser procurado o mais rápido possível”, alerta
Dr. Paulo Cunha. “O joelho é revestido por uma membrada que se rompida, vai
secretar líquido pela região. Se há rompimento ligamentar, por exemplo, o
inchaço é promovido pelo excesso de sangue na região”, explica.
Assim
que chega ao médico, o procedimento comum é uma conversa sobre a lesão em cima,
principais reclamações, histórico do paciente, procedido de um exame físico e,
se necessário, a indicação de exames mais minuciosos, como radiografia ou
ressonância magnética. Com a ressonância, por exemplo, é possível avaliar a
estrutura óssea, cartilagem, meniscos e ligamentos, além de partes moles,
oferecendo mais informações para as tomadas de decisões.