Lesões no ombro são comuns na prática esportiva
Tema foi muito comentado pela mídia após lesão do atleta Mohamed Salah, jogador de futebol do Liverpool e principal destaque da seleção de futebol do Egito.
Nas últimas semanas a imprensa, sobretudo a esportiva, acompanhou a lesão no ombro sofrida pelo egípcio Mohamed Salah, jogador de futebol do Liverpool e principal destaque da seleção nacional, que foi diagnosticado como luxação no ombro esquerdo.
O atleta lesionou os ligamentos do ombro na final da Liga dos Campeões e sua recuperação para representar a seleção do Egito na Copa do Mundo era dúvida até a estreia do time na competição.
Embora desperte preocupação, lesões como a do jogador são comuns entre atletas, não somente profissionais, assim como pessoas altamente ativas.
Seja por movimentos repetitivos, sobrecarga nessa articulação, além de quedas e impactos, como foi o caso do astro do Egito, acontecem com frequência, de acordo com Dr. Claudio Kawasaki, especialista em ombro e joelho da Clínica Orthop em Ribeirão preto.
“As lesões no ombro em jovens geralmente são causadas pelo esforço ou sobrecarga na articulação, como em atividades esportivas, como lutas, levantamento de peso em academias e outras práticas que acabam acontecendo impactos”, comenta.
Os danos mais comuns nesse público são luxações e lesão em ligamentos. Mas o especialista comenta que também devem ser consideradas questões genéticas, como predisposição a algumas doenças que acometem essa articulação, além de traumas mais severos.
Já nos idosos essa articulação sofre com desgastes, doenças degenerativas e também traumas, como quedas. Uma das principais lesões é a do manguito.
“O ombro é uma articulação bastante complexa. Por isso a prevenção e preservação dessas estruturas são muito importantes. Após identificada uma lesão, seguir o tratamento recomendado é fundamental para a reabilitação, seja no tratamento conservador ou cirúrgico”, comenta Dr. Cláudio que reforça que uma lesão não curada corretamente pode ocasionar problemas a longo prazo, como artrose precoce.
Dor e limitação de movimentos
A luxação no ombro ou conhecido como “ombro deslocado” acontece quando há uma perda de contato entre as duas superfícies da articulação do ombro: cabeça do úmero e cavidade glenoidea. O ombro pode se descolar para frente, para trás, para cima ou para baixo. Quando a perda de contato não é total, considera-se subluxação.
O alerta para a busca de ajuda é a dor. Se a dor estiver associada imediatamente a algum fator de impacto, pode ser sinal de que alguma estrutura no ombro foi afetada pelo contato brusco. Outros fatores importantes a serem observados são perda de força e a limitação de movimentos.
“Dor é sempre um alerta. Associados a outros fatores, como movimentos repetitivos ou sobrecarga no uso da articulação, são indicações de que algo não está bem e dever ser devidamente tratado para evitar problemas posteriores”, explica o especialista.
O diagnóstico final será dado após avaliação com exames físicos e provavelmente a necessidade de radiografia, tomografia computadorizada para confirmar a posição da lesão, se houve também lesão óssea na clavícula, além de ressonância magnética, para avaliar as partes moles.
Prevenção: fortalecimento da musculatura é fundamental
A prevenção de lesões no ombro, como luxações ou nos ligamentos, é o fortalecimento da musculatura que sustenta a região.
No entanto, após constada a lesão, como no caso do atleta Salah, não é recomendada a prática de atividade física e sim o repouso da estrutura e a realização de compressas, que podem ser frias (gelo) ou quente, dependendo do tempo do trauma e da gravidade da lesão. Todos esses fatores devem ser indicados por médicos e especialistas.
A automedicação também não é recomendada, pois pode camuflar a dor e não resolver o problema.
Poupar, portanto, a região lesionada, além de possibilitar a reabilitação mais rápida, ainda pode impedir um a nova lesão ou desgastes futuros.