Recuperação de artroplastia de quadril: principais recomendações
Recuperação total pode levar até 1 ano. Seguir as orientações corretas e ter cuidado com movimentos que exigem mais esforço podem agilizar o processo.
Pós-operatório
de qualquer tipo de cirurgia pode ser complicado se o paciente não seguir
corretamente as instruções dos especialistas. Porém, dores e desconfortos podem
ser amenizados se o tratamento for seguido à risca, reforçando até mesmo o bom
trabalho dos médicos e agilizando a recuperação.
Para
as intervenções de quadril, não é diferente. Os cuidados são essenciais
especialmente para os pacientes que colocaram próteses – cirurgia conhecida
como artroplastia de quadril - e que não podem ser deslocadas, exigindo que a operação
seja refeita.
“O
procedimento pode ser parcial ou total. Parcial quando somente a cabeça do
fêmur é trocada e, total, quando substitui a região também da bacia. De acordo
com a Sociedade Brasileira de Quadril essas próteses podem durar entre 15 e 25
anos, dependendo do nível de atividade do paciente”, explica o Dr. Thiago José
Mari, médico ortopedista especialista em quadril da Clínica Orthop, em Ribeirão
Preto.
Recuperação exige movimentos
cuidadosos
A
recuperação total depende de diferentes aspectos, entre eles a idade do
paciente, a forma como o organismo responde à cicatrização, às habilidades que
esse paciente apresenta em exercícios de fisioterapia, podendo variar de 6 meses
a 1 ano.
No
dia a dia, os cuidados precisam ser redobrados nos momentos que exigem um pouco
mais de movimento, como usar o sanitário, sentar e levantar da cama ou da
cadeira, entrar no carro, tomar banho. O importante é sempre buscar bancos ou
apoios mais altos, evitando que se dobre muito a perna operada.
Algumas
indicações mais comuns nas primeiras semanas do pós-operatório é não cruzar as
pernas, não dobrar a perna operada em um ângulo maior do que 90 graus, não apoiar
todo o peso do corpo na perna com prótese, assim como manter a perna com a prótese
esticada, sempre que possível.
Porém,
já é possível realizar alguns leves movimentos desde o primeiro dia pós
cirurgia, como exercícios de respiração, os que exigem movimentos dos pés em
todos os sentidos, assim como alguns tipos de isometrias que podem ser feitos com
o paciente deitado ou sentado, respeitando, claro, as orientações do
profissional de fisioterapia.
Com
a evolução do tratamento, são então propostos exercícios de marcha utilizando
andadores, muletas ou bengalas. A reabilitação precoce auxilia na prevenção de
complicações que podem acontecer quando o paciente fica com os movimentos muito
limitados ou muito tempo em posição única, como trombose e problemas
cardio-respiratórios.
“O
importante é seguir as instruções dos profissionais envolvidos na cirurgia e
pós-cirúrgico, além de retornos regulares com o ortopedista especialista
em quadril capaz de avaliar a funcionalidade da prótese, o posicionamento dos
implantes e analisar qualquer tipo de desgaste”, finaliza Dr. Thiago José Mari.