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Joelho de Corredor: veja como diagnosticar e tratar a dor lateral do joelho

Pessoas que correm longas distância são mais pré-dispostas a terem a Síndrome do Trato Iliotibial.

19/04/2024 01:58:16
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Joelho de Corredor: veja como diagnosticar e tratar a dor lateral do joelho

Aquela dor lateral no joelho que incomoda, lateja, reduz os movimentos de flexão, pode ser o chamado Joelho de Corredor, muito comum especialmente entre pessoas ativas, que praticam atividade física com um certo grau de intensidade e também entre os corredores de longa distância e os que preferem terrenos acidentados, como corridas de aventura, por exemplo. 

O Joelho de Corredor é tecnicamente conhecida como Síndrome do Trato Iliotibial e trata-se de uma inflamação nesta estrutura complexa de tendões, que tem início nos quadris chegando até a perna, no osso da tíbia. 

Muitos estudos constatam que esta inflamação é causada especialmente pelo atrito do trato iliotibial com o epicôndilo lateral, uma proeminência óssea na lateral do fêmur.

“Essa dor pode piorar se a região continuar sendo sobrecarregada”, explica o Dr. Murilo Toledo Moreira, especialista em cirurgia de joelho e artroscopia da Clínica Orthop, em Ribeirão Preto, que sugere um descanso das corridas até que o diagnóstico seja definitivo e, constatado o Joelho de Corredor, que seja tratado antes da retomada da atividade.

 “O paciente pode continuar com outras atividades que exijam menos dos joelhos, uma vez que esta inflamação não é um caso grave que normalmente precise de intervenção cirúrgica, porém, se não tratada, pode causar rompimento na região e complicar o tratamento”, afirma. 

De acordo com o especialista, na musculação, por exemplo, o ideal é não fazer agachamentos com flexões menores do que 90 graus. Além disso, quando for treinar membros inferiores, tirar pesos que vão forçar a região e piorar o atrito entre o trato iliotibial e o osso. 

Como identificar o Joelho do Corredor

 O paciente terá um incômodo contínuo na lateral do joelho, com limitações de movimento para flexões simples, como se agachar e manter as pernas dobradas por muito tempo em repouso. 

Somente um especialista pode fazer o diagnóstico exato da lesão, através de um exame clínico e também constatação oficial através de uma ressonância magnética ou ultrassom, que vão indicar o espessamento do tendão inflamado. 

Como tratar? 

O tratamento é clínico, com a indicação de analgésicos e anti-inflamatórios e início de sessões de fisioterapia. 

Entretanto, paralisar as atividades de sobrecarga é o primeiro passo para acelerar a recuperação, que pode demorar de 3 a 6 semanas dependendo do empenho do paciente em seguir corretamente as orientações do ortopedista. 

É comum a indicação de compressas de gelo na região, geralmente de 20 minutos com intervalo de pelo menos 2 horas entre as sessões. Toda essa descrição precisa ser listada por um especialista, que vai orientar cada paciente de acordo com o grau da lesão. 

Como se prevenir? 

O fortalecimento da musculatura é essencial para todos as pessoas que gostam de praticar atividades físicas. A musculação, o pilates, alongamentos, hidroginástica, são atividades que deixam o corpo preparado para suportar maior impacto e tenha melhor preparo para diminuir os riscos de lesões por maiores esforços. 

A musculação é indicada para melhorar o desempenho do corredor, pois além de preparar os músculos que mais utiliza durante a corrida, ajuda a combater a fadiga muscular por excesso de treino. Também, fortalece músculos que não são extremamente utilizados, mas que podem ser acionados em caso de imprevistos, como uma pisada em falso ou um salto para desviar de um obstáculo. 

“As pessoas que gostam de correr, que terão treinos contínuos, longos, curtos, de tiro, precisam encaixar em suas rotinas ao menos duas sessões de fortalecimento da musculatura por semana”, indica o Dr. Murilo Toledo.



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